domingo, 30 de junho de 2019

Carlos César em roda livre com falta de descaramento e ingratidão para com o BE

Carlos César já nos habituou a ser o trauliteiro mor do PS, e é inevitável não nos lembrarmos do facto de se tratar de um político que tem a responsabilidade de ser actualmente líder parlamentar da bancada do partido, mas juntando a isso tem também uma boa parte da sua família empregada na administração pública em cargos de nomeação. e não. Não lhe adianta dizer que há famílias que pela sua natureza e tradição estão mais ligadas e enraizadas na vida política. Carlos César é objectivamente um produto do amiguismo e do compadrio que empesta o nosso país, e só por isso já devemos ficar de pé atrás cada vez que ele vem tentar moralizar o discurso político. E então quando vem dizer que o BE não manda no país, já entramos no plano da pura ingratidão, porque não fosse o Bloco de esquerda o Ps não teria chegado ao governo naquele tempo histórico, e o primeiro-ministro teria sido Pedro Passos Coelho. Na verdade, é preciso não dever nada ao descaramento para usar esta abordagem, quando o Ps de Carlos César nem sequer foi auto suficiente para ganhar as eleições. Repare-se que aqui nem se pode dizer que o BE apoiou um governo minoritário. Eles patrocinaram a substituição de um governo liderado pela coligação vencedora, por outro liderado pelo partido que não ganhou, o que é um compromisso político ainda mais relevante, e inédito na nossa democracia.

Sem comentários: