Agustinho da Silva e as suas conversas vadias de ontem, hoje e sempre

Por estes dias tenho levado alguns murros. Daqueles que nos abanam mas sabe-nos bem. Decidi revisitar Agostinho da Silva e as suas conversas vadias na rtp, que se não estivessem datadas, ninguém imaginaria que foram gravadas em 1990. Fiquei apaixonado por este homem, este sábio que senti necessidade de ressuscitar à minha maneira, 24 anos depois de se ter separado fisicamente de nós. Agostinho da Silva é um Filósofo, um pensador que tanta falta nos faz nos dias de hoje. Como eu gostava que os meus filhos tivessem como referência pessoas com esta sabedoria, pessoas que nos interpelam e nos impelem a sairmos da nossa zona de conforto e nos fazem perceber que cada um de nós nasce poeta, criador de algo que nunca ninguém criou. Que o caminho para a felicidade passa por recusarmos liminarmente sermos formatados pelo sistema, e que seremos felizes se puxarmos cá para fora a nossa autenticidade, não termos medo de ser genuínos e procurarmos dar valor às coisas simples da vida. Se fôssemos por esta via já mais reprimíamos a espontaneidade do nosso semelhante e lhe retiraríamos a capacidade de sonhar. Mais importante, faríamos tudo para que chegássemos a uma altura da história em que a vida era dada inteiramente de graça para toda a gente ser feliz. É este o paradigma dos 3 S. Sustento, Saber e Saúde. Aconselho vivamente a aproveitarem o inverno para se sentarem à Lareira e ouvirem estes 13 episódios, meia hora cada um, e acreditem vão levar um safanão daqueles, espero que depois percebam que Agostinho da Silva é eterno, e que a luta é de todos aqui e agora. Veja aqui os 13 episódios conversas vadias com Agostinho da Silva