Supernanny para casos excepcionais de estupidez e crueldade medidas igualmente excepcionais
Ao ver toda a polémica que envolve o supernanny lembro-me do início. O bigbroather em 2000 e a espiral que temo bem ainda não esteja terminada. Estava bom de ver que as audiências iam levar a que se metessem crianças ao barulho. O próximo passo serão desafios como os que são lançados agora no youtube de comer cápsulas de detergente, e eventualmente o culminar desta vergonha acontecerá quando alguém se suicidar em directo. Talvez esse seja mesmo o limite para a vergonha! Só em casos muito excepcionais defendo restrições à liberdade de expressão,. A primeira condicionante passa por defender os mais frágeis. Pessoas com limitações intelectuais, pessoas em situação vulnerável e claro as crianças. E- creio que muitos ainda não se aperceberam dos danos que podem acontecer com a má utilização da INTERNET. A partir do momento em que colocamos algo na rede deixamos de ter controlo do que pusemos e em última análise as coisas ficam eternamente na Internet. Mesmo que a pessoa apague o que lá colocou, mesmo que ele venha a ser proibido, não é garantido que alguém tenha feito download do material e republicá-lo quando quiser. As imagens desta criança a bater na mãe e a fazer aquelas cenas durarão eventualmente a vida toda, e só em pensar nisso arrepia qualquer um. A ideia de filmar isto não tem ponta por onde se lhe pegue. É verdade que o programa chama-nos a atenção para algo muito importante que é a incapacidade de muitos pais em educarem as crianças, e quando são famílias monoparentais o problema tende a notar-se mais. Não podemos de todo confundir incapacidade para educar com maus tratos ou falta de amor. Aquela família precisa objectivamente de ajuda, não sei se o sistema tem capacidade de resposta para casos como este. Ao menos aproveitemos para discutir estes aspectos já que quanto ao resto não há nada para aproveitar, só para protestar e revoltar-mo-nos contra a postura da SIC, que mesmo com a intenção demonstrada pela família que não queria que o programa fosse exibido, foi insensível a este facto.
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