quinta-feira, 28 de junho de 2012

Uma mulher baliza, Chica e espanhola

Viemos sem saber para onde íamos, mas fomos muito mais longe do que contávamos. Transformamos o grupo da morte em vida abundante. Ressuscitamos, saímos do túmulo, e ali depositamos a Holanda e a Dinamarca.
Cruzamo-nos com a república checa que não resistiu ao nosso madeirense indomável. Quando já pressentíamos o culminar e o realizar do sonho, fomos alertados por uns comilões, que nos lembraram que tinham ganho o último europeu e o último mundial. Quais lobos insaciáveis! Apagaram-nos o sonho, mas tiveram de soar as estopinhas, é que isto foi disputado até à última gota, e só os ferros, esses malditos ferros que teimaram em amaldiçoar a nossa epopeia, fizeram com que a sorte caísse para o lado espanhol, e apesar de também nós sairmos com a barriga bem cheia, faltou a cereja no topo do bolo.
A diferença esteve na mulher que costuma engolir aquelas bolas que lhe são arremessadas, e que ontem vestiu a pele de Chica esquisita.
A bola do bruno Alves bateu-lhe no lábio superior, e essa Chica de má memória, decide fechar a boca, e a bolinha não teve outro remédio senão ir para trás.
Já com o pontapé do fàbregas, a menina deixou que a bolinha lhe batesse ao deleve no canto da bochecha e mal presente o toque decide escancarar a sua boca e engolir toda aquela bola em forma de beijo.
E assim, a Chica entrou na festa e levou os espanhóis a mais uma final.
Se lhes calhar em sorte jogar contra os gelados germânicos, prefiro claramente a Chica.

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