quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Comentário ao auto elogio de Francisco mota na última edição de 2011 do Politicamente falando

A última edição de 2011 do Politicamente falando, programa transmitido na antena Minho, todas as terças Feiras entre as 19 e as 20, que é um espaço de reflexão sobre a actualidade política nacional em Geral e de Braga em particular,
e em que cujo o painel residente é sempre o mesmo, e conta com Hugo soares que representa o PSD, Pedro Sousa que representa o PS, Francisco Mota que representa o PP e Carlos almeida que representa o PCP, infelizmente não teve a participação de Pedro Sousa do PS, mas foi recheada de cenas verdadeiramente hilariantes. a que eu achei mais engraçada foi a intervenção de Francisco Mota do pp, em que afirmou que um dos aspectos mais positivos em Braga foi o trabalho da juventude Popular.
Curiosamente, é ele próprio que preside a esse órgão! É caso para dizer que presunção e água benta cada um toma a que quer! José Mourinho, disse que era o melhor treinador do mundo. Só que ele é um pouquinho mais bem sucedido do que o até agora desconhecido Francisco Mota, e referiu isso num suporte publicitário, o que faz toda a diferença, visto que numa intervenção séria, Mourinho, mesmo apesar de em minha opinião e de muitos ser o melhor treinador do mundo, já mais ousaria dizer uma coisa dessas. Francisco Mota porém, adoptou uma atitude descarada. E eu estou à vontade porque não conheço este jovem, apenas soube da sua existência através deste programa.
Creio que para quem se está a iniciar na vida política é uma atitude pouco recomendável, ainda por cima vir dizer que Paulo Portas é o político melhor preparado neste governo, é extremamente deselegante para a coligação que governa o país, e também para os próprios ministros e secretários de estado do PP, que certamente estão a dar o seu melhor para que as coisas dêem certo.
Parece-me tratar-se de um personagem que apareceu recentemente e que quer chamar a atenção, mas cuidado, porque com estas atitudes depressa cai no ridículo, e não é assim que se mostra trabalho. Nem com atitudes de auto elogio perfeitamente disparatadas e ridículas, nem com este lambe botas ao chefe, perfeitamente injustificado e que deixa ficar mal a própria coligação.
Creio que se não estivéssemos a falar de um programa político, este auto elogio de Francisco Mota seria cómico, figurando bem numa sessão de stand up komedy.
Não sou militante de nenhum partido político, mas reconheço que esta postura do PP, em que Francisco Mota já não é o primeiro a pôr-se em bicos de pés, é reprovável, porque o PP só é Governo porque um dos partidos mais fortes venceu as últimas eleições legislativas, e o PP serve de muleta desse partido. Não sei se com Sócrates o PP também não seria governo. Ou seja, um partido que entra como muleta e se põem em bicos de pés tentando ganhar dividendos políticos com isso, deve mudar urgentemente de postura.
Esta postura de alguém que quer dar facadinhas no parceiro de coligação, agora prejudica o PSD, mas mais tarde pode vir a prejudicar o PS! Não tenham dúvida disso. Se os portugueses penalizaram os comunistas e os broquistas pelo facto de se terem auto retirado desta negociação com a troika, muito mais penalizarão um partido como o PP, Se esse partido adoptar uma postura desleal e de afronta a quem é para todos os efeitos parceiro de coligação. Ou se está casado ou se está separado. E meu caro Francisco Mota e também todos os dirigentes do PP, as duas coisas é que não dá. Ou se está dentro ou fora da coligação.
Se o pp quer ser uma força política credível e construtiva, não é com políticos e líderes kamikaze que chega lá.
É pena esta postura bacoca e armante, porque faz falta um PP responsável, que não cometa loucuras, e que tenha tento nesses auto elogiadores que desculpem-me a sinceridade parecem-me ser aquilo que nós aqui em Braga chamamos de broeiros. E o futuro não pode passar por quem é bronco. Espero que eu me engane, e que a Juventude Popular, e o seu líder que tem uma tribuna todas as semanas, possa demonstrar algo de positivo, quanto mais não seja, através da postura e das ideias expressas em cada programa.

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