terça-feira, 27 de setembro de 2011

Se o dinheiro acabar, azar!

A comunicação social tem informado que naquelas aldeias recônditas, muitas pessoas idosas são enganadas de uma forma que sinceramente custava-me a acreditar que fosse possível.
Um dos casos corriqueiros, são aqueles que abordam as pessoas idosas, e dizem que o dinheiro vai acabar, e que precisam que esses idosos lhes dêem as notas em euros, para que os larápios lhes entreguem outro dinheiro, aquele que supostamente vai passar a valer.
Sinceramente, eu nunca acreditei muito nisso, pensava que eram invenções. Como era possível que uma pessoa entregasse quantias avultadíssimas de dinheiro, acreditando numa pessoa que foi ali a casa dela, que nem conheciam de lado nenhum, quando muitas vezes, até tinham filhos, pessoas da sua confiança, até viam televisão e nunca obviamente ouviram falar que o dinheiro ia acabar, e até têm algumas poupanças no banco, e podiam deslocar-se lá para perguntar se isso era verdade, até porque sabiam perfeitamente que quando o dinheiro mudasse, seria no banco que a pessoa podia obter digamos assim o dinheiro novo?
Mas, à sensivelmente 3 mêses, deixei de ser séptico. É que essas candongas afinal existem mesmo! Uma senhora, casada, que até já trabalhou, e o marido até foi funcionário público, tem menos de setenta anos de idade, foi abordada por dois tipos que se faziam transportar num carro, e que lhe disseram que o dinheiro ia acabar, e que a senhora ia precisar de trocar as notas velhas por novas.
A senhora não se fez de rogada, entregou-lhe todo o dinheiro que tinha em casa, mais de dez mil euros! Quando percebeu que foi uma vigarice, claro desatou a gritar, mas os dois tipos desapareceram a alta velocidade, e com a mala bem recheada.
Obviamente que lamento o sucedido, independentemente da extrema ignorância, e falta de bom senso da pessoa, é sempre triste e lamentável que alguém aproveite a ignorância alheia para enriquecer, e neste caso concreto para extorquir dinheiro.
Mas caramba! Não podemos acreditar em tudo aquilo que nos dizem.
No meio desta situação francamente desagradável, registo uma frase no meu ponto de vista fascinante, de um homem com oitenta anos, que nunca foi à escola, sempre trabalhou no campo, e conseguiu alguma coisa na vida, fruto do seu suor.
Diz ele. Que diabo, se um tipo desses me viesse dizer que o dinheiro vai acabar, eu dizia. Olhe, estamos com azar! Se vai acabar para mim também vai acabar para si, não acha?
Genial, não é?

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