Um Efe ao Quadrado

No tempo do estado novo tínhamos um F ao Cubo.
Fado, Fátima e Futebol.
Não deixa de ser curioso que 37 anos depois da revolução de Abril, essa terrível sina se tenha agravado.
Como se já não chegassem os 3 efes que tínhamos, e que para nosso fado ainda continuamos a ter, eis que aparece mais um. F, de Fundo Monetário Internacional, ou já agora, para não ferir a susceptibilidade do nosso Pr., F de Fundo europeu de estabilização Financeira.
Se isto fosse um jogo de palavras, sem dúvida que esse tal de fundo europeu agrada-me mais. Porque se é para dar estabilidade eu aceito sem problema!
O Futebol, continua como se viu a ser das poucas coisas em que nós brilhamos. Ainda esta semana, foi a bola que deu que falar do nome de Portugal além fronteiras.
Temos o melhor treinador do mundo, temos dos melhores jogadores do mundo, é mesmo parecido com o antigo regime.
Fátima continua de vento em poupa, parece que há um bocadinho de crise, mas nada que assuste os responsáveis que daqui a meia dúzia de anos até poderão pensar em fazer uma nova basílica, e claro está, pagá-la a pronto, como aconteceu com esta!
O fado, já não tem Amália, mas felizmente ainda tem grandes nomes a cantar.
No meio de todos estes Efes, e já que o futebol ultimamente tem sido o que mais alegrias tem dado ao nosso país, propunha que José Mourinho fosse Primeiro ministro, Cristiano Ronaldo, ministro das finanças, Domingos Paciência Presidente da república, Jorge Jesus, como graúdo que é ficaria como presidente da Assembleia da república, e André Vilas Boas, como miúdo, ficaria como ministro da economia.
Com estes senhores a governar o país, precisávamos do quarto Efe para alguma coisa?