segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A deprimência do inverno

Eu bem queria que ele não chegasse, mas a natureza é implacável.
Adoro o calor, as roupas frescas, o à vontade com que se anda na rua, os dias grandes, as bebidas frescas, os gelados, sou fanático pelo verão.
É uma época do ano fabulosa. As pessoas andam mais descontraídas, cantam e dançam mais, revêm os emigrantes, vão para a praia e andam todas descomplexadas, apetece-me dizer que são muito mais autênticas.
Quando chega ao mês de Setembro, fico aterrorizado com a ideia de assistir à despedida do calor. Fico anciando que ele se vá embora o mais tarde possível. Mas algum dia ele tem mesmo de abalar.
E então quando tenho de acender pela primeira vez a Lareira, parece que levo um choque. Todos os anos é assim. Fico com a sensação que fui traído. É infantil. Eu sei. Mas nos primeiros dias em que me tenho de aquecer à lareira, fico altamente deprimido. Porque sei que algumas semanas depois vamos entrar oficialmente na hora de inverno.
E a partir dessa altura é que eu fico mesmo em baixo. Detesto chegar às 5 e meia da tarde e perceber que já estamos com noite serrada.
Claro que tudo passa, mas nos primeiros dias isso influencia muito o meu estado de espírito.
Porque é que não temos verão todo o ano?

Aos caros leitores, desculpem este meu desabafo. Eu sei que o que estou a dizer não faz sentido nenhum. Temos de ter as 4 estações, e quando o tempo anda desrregulado é mau sinal. Mas eu já estou a mentalizar-me para estes vários meses de inverno e de inferno. É que já tive de acender a lareira, e no fim de semana de 30 para 31 deste mês de Outubro, a croeldade do relógio não perdoa, e a hora de inferno, disse bem inferno, entrará em força quer eu queira quer não queira.
Ao menos que tivéssemos sempre a hora de verão. Amenizava muito mais a saga do Inverno.

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