quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Terminar com os feriados religiosos

Uma das grandes conquistas das sociedades modernas, foi sem dúvida o laicismo.
Através dele , foi possível separar aquilo que é da religião, e o que pertence ao resto da política.
Já lá vão os tempos em que o clero mandava em tudo, e se dava ao luxo de manter todos os restantes órgãos e poderes de soberania debaixo da sua asa.
Felizmente que no nosso país, as religiões já não ditam as leis.
À no entanto uma questão que é preciso colocar, e obter uma resposta objectiva, que nos permita abrir horizontes para continuar com esta batalha da laicidade e da modernidade, que está muito longe de estar ganha.
O nosso estado será assim tão laico como defende a constituição portuguesa?
Atentemos no exemplo dos feriados.
Neste momento temos os seguintes feriados religiosos:
O Natal, a Sexta Feira santa, o corpo de Deus, o quinze de Agosto, o um de Novembro e o oito de Dezembro.
Temos por isso seis.
Aqueles que não são religiosos, podemos contar os seguintes:
O dia um de Janeiro, o 25 de Abril, o 1 de Maio, o 10 de Junho, o 5 de Outubro e o 1 de Dezembro.
São como viram seis feriados que não são religiosos, exactamente o mesmo número dos que o são.
A pergunta impõem-se. A onde está a laicidade? Se metade dos feriados que temos durante o ano são comemorados em função da igreja, é isto um estado laico?
E com a agravante de alguns feriados católicos serem perfeitas aberrações sem qualquer sentido.
Por exemplo o corpo de Deus, o quinze de Agosto, e o oito de Dezembro.
A Igreja católica continua inexplicavelmente a festejar estas datas, que hoje não fazem nenhum sentido, e que até acabam por ser aberrações teológicas. Para os responsáveis da Igreja, ainda estamos na idade média. E cabe então perguntar. A onde está a secularidade?
À que dizer que numa sociedade moderna, o regime não pode andar ao sabor dos caprichos das igrejas que teimam em continuar de pé com estas aberrações. Aquilo que o estado tem de fazer é mandar às ortigas quem ainda continua a celebrar estes rituais perfeitamente infantis, e começar de uma vez por todas a ser laico na plenitude da palavra.

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