sábado, 24 de julho de 2010

vamos aposentar o Polvo.

Eu que até gosto de um arroz de polvo, ou então uns panadinhos do animal, estou de veras surpreendido com o extinto adivinho do Polvo Pol.
Se os outros polvos fosse assim, lá se acabaria o nosso prazer de saborearmos um polvo com olho verde! Como se imagina, se ele adivinhasse quando é que ia para a rede, punha-se literalmente ao fresco!
Os nossos jornalistas engraçaram com o povo pol, e até já ouço dizer que ele vai começar a adivinhar os resultados dos jogos de futebol dos diferentes países da Europa. coitado do animal, vai passar a conhecer as bandeiras de todos os clubes, e vai ficar também sem o seu tempo de lazer. Porque com tanto futebol que se pratica por essa Europa fora, o Pol não vai ter mãos a medir!
Agora eu pergunto.
Que interesse temos em saber o resultado dos jogos antes de eles acontecerem?
Se durante a semana eu souber quem é que vai ganhar e quem vai perder, vou gastar o meu precioso fim-de-semana a acompanhar os desafios?
Graças ao polvo pol, todos os jogos vão dar a ideia que estão a ser transmitidos em diferido. Se a gente já sabe o resultado antes do jogo, não tem graça nenhuma!
Acho que este polvo está a tramar o futebol, e é melhor cortarmos o mal pela raiz.
Que tal se puséssemos o polvo a adivinhar mas dentro de uma panela?
Esta estria, à volta do Polvo Pol, se não fosse deprimente daria riso. Mas realmente, numa altura em que as pessoas estão tão amorfas, sem interesse para nada, sem causas e valores, um polvo que consegue adivinhar o resultado dos jogos de futebol vem mesmo a calhar para entreter as populações.
E então, no café todos perguntamos. Será que ele adivinha mesmo os resultados?
E esquecemo-nos que independentemente de a gente acreditar ou não no extinto do animal, e eu quero desde já dizer que não acredito, mesmo que o Polvo conseguisse prever o resultado dos jogos, era motivo mais que suficiente para o matarmos, porque se agora a gente soubesse o resultado antes do jogo se realizar, ninguém ia ao estádio, as pessoas não iam perder tempo a ver o jogo, e o futebol da forma como hoje o conhecemos, acabava rapidamente.
Será que queremos mesmo que o polvo continue a adivinhar?

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