sábado, 11 de março de 2017

Sem dúvida Lusitânia Expresso ficará na história de Portugal

Há sempre pretexto para falarmos de Timor, talvez a maior causa de unidade nacional depois do 25 de Abril. Não me posso deixar de emocionar cada vez que penso no fatídico ano de 1999 em que nasceu Timor Lorosai, e em que aquele povo irmão sofreu uma turtura tão grande que suscitou a reacção de toda a comunidade internacional. Não posso esquecer dos 3 minutos de silêncio que se fizeram em todo o mundo. O silêncio mais ensurdecedor que eu algum dia fiz. E aqueles concertos que fizemos em memória às vítimas dos abutres indonésios? Concertos tão ricos, os mais humanos da minha vida, em que celebramos um conjunto de emoções tão fortes, como a revolta, a indignação, mas ao mesmo tempo a esperança num futuro risonho para o povo Timorense, e também a ternura e o afecto pelos nossos irmãos que estavam a sofrer tanto e que lutavam segundo a segundo pela vida, que estava presa por um fio. Hoje, faz 25 anos que tivemos um momento simbólico e que foi sem dúvida o início desta grande luta internacional em que Portugal foi pioneiro e conseguiu redimir-se do erro histórico que cometeu em 1975 quando deixou Timor abandonado à sua sorte, à mercê da ganância indonésia do Ditador Soarto que felizmente já morreu e mais valia não ter nascido. Uma palavra para António Guterres o grande obreiro e o político que teve a astúcia necessária para criar as condições para que o processo de independência fosse bem sucedido.

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