O Velho e enorme capitão Mário Wilson e a taça da Académica.

O Velho e enorme capitão Mário Wilson e a taça da Académica.
Que me desculpem os meus amigos do Sporting, creiam que não é nenhuma provocação, mas ontem confesso que vivi com bastante ternura e alguma emoção os festejos de uma grandíssima instituição desportiva como a Académica.
Uma grande final, nem sempre bem jogada é certo, mas teve muita intensidade e emoção durante todo o jogo. E no final, não me consegui dissociar da alegria imensa que ia nas hostes daqueles homens e mulheres de Coimbra, que conseguirão acordar um vulcão adormecido à demasiado tempo, e que tanta falta nos faz, sobre tudo pela forma de estar daquela instituição histórica do nosso futebol.
Senti a alegria de uma equipa grande, mas que à muito tempo estava arredada dos grandes palcos, das grandes vitórias.
E o futebol é, de facto, mágico. A académica que curiosamente quando perdeu com o Sporting à algumas semanas atrás, quase que acabou a época.
Era uma equipa desmoralizada, prestes a descer de divisão, injustiçada, triste.
Mas em três semanas tudo mudou radicalmente. Conseguirão duas vitórias importantíssimas no campeonato que permitiram que ficassem na primeira liga, e agora levam a taça de Portugal para Coimbra.
Ao longo desta festa, lembrei-me do grande Mário Wilson, o velho capitão, um senhor na verdadeira ascensão da palavra.
É impossível ficar indiferente à simplicidade, à ternura, ao carinho, à forma de estar apaixonante que este enorme senhor teve ao longo de toda a sua vida.
Envio um grande abraço a toda a equipa da Académica, às gentes daquela cidade, aos adeptos e associados daquela grande instituição, e digo-lhes que de certeza quase todos nós temos um pouco de académica, e eu pelo menos não consegui ficar indiferente a este momento tão importante na história dos estudantes.