segunda-feira, 23 de abril de 2012

Morte Ao dinheiro físico. O escândalo das taxas que se cobram com o uso dos terminais de pagamento automático.

No dealbar da sociedade tecnológica, é absolutamente incompreensível que um estabelecimento de venda de produtos e serviços, tenha de pagar ao banco um valor percentual, cada vez que seja utilizado o terminal de pagamento automático. Num tempo em que aumenta exponencialmente a criminalidade, em que cada vez é mais arriscado transportar dinheiro físico, não se compreende que o sistema bancário coloque este tipo de entraves que de certa forma impedem uma massificação total do uso do cartão multibanco, para pagar tudo o que se compra, e digo bem, literalmente tudo. Esta taxação que os bancos aplicam é um verdadeiro roubo. E fundamento esta minha acusação com o facto de nem sequer ser cobrada uma taxa fixa, mas sim uma taxa percentual. Ou seja, estando nós a falar de máquinas automáticas, como se pode aceitar que se for feito um pagamento de 5 euros se cobre um valor, e se for de 500 se cobre outro? Reparem que toda a operação é feita automaticamente! Sejam 5 ou 500, as despesas são exactamente as mesmas. E o busílis da questão reside aqui. Acho que todos os estabelecimentos de comércio deviam ser obrigados a ter disponível um terminal de pagamento automático, e esse mesmo estabelecimento pagaria um valor fixo, independentemente do número de transacções realizadas. Hoje, cada vez mais os pacotes de Internet por exemplo têm um custo fixo, independentemente do tempo de utilização, e da quantidade de downloads, os pacotes telefónicos também apresentam quase todos preços fixos independentemente das chamadas que se façam, etc. Se isto já se verifica em coisas tão triviais como as telecomunicações, como é que os bancos continuam a cobrar cada transição que se faça, como se fosse uma chamada telefónica, e pior, cobram uma percentagem do montante transitado? É um verdadeiro escândalo que importa denunciar, e devemos fazer uma insurreição popular para acabar com ele. E uma ideia, seria que todos nos organizássemos e que nos dirigíssemos aos balcões do nosso banco, com a finalidade de levantar um euro para ir tomar um café, se possível no estabelecimento mais próximo para dar ainda mais simbolismo a este acto. Eu alinhava nisto de cabeça. E vocês? Imaginem o que é combinarmos 50 ou 100 pessoas e inundarmos o balcão da nossa agência só para levantar um euro cada um, e depois irmos todos em romaria ao café do lado. Garanto que era muito mais eficaz que uma greve, ou um boicote às compras por um dia. Embora esse boicote também possa ser feito, mas isso vai prejudicar muito os estabelecimentos comerciais, já que, das duas uma. Ou nós levantamos dinheiro para pagar as compras, ou então temos de comprar o que precisamos noutros dias, o que no fundo para o sistema bancário, vai dar ao mesmo! Já imaginaram com o dia em que possamos pagar um café com o cartão multibanco? Uma coisa eu sei, seriam só vantagens, porque se por um lado não precisávamos de andar com dinheiro, por outro lado até acaba por ser mais simples pagar desta forma, do que dar por exemplo uma moeda de 2 euros, e esperar por 1 euro e 30 cêntimos de troco. E então quando até nós particulares tivermos o nosso terminal de pagamento automático, aí sim deixaremos de ter necessidade de andar com dinheiro físico. E é precisamente este meu lema. Morte ao dinheiro físico! A ideia final que deixo é de tristeza, porque andamos muitas vezes com greves estéreis, quando se nos uníssemos em coisas concretas, conseguíamos resultados bem mais eficazes.

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