A morte é o nosso maior momento de Glória.
Quando morremos, todas as virtudes são maximizadas, e os defeitos são eliminados como se fossem numa caixa de segredos juntamente com o morto que vai fazer a sua viagem pelo infinito.
A morte carnal tem este dom de atirar cá para fora tudo o que fizemos de bom, e de esquecer aquilo que fizemos de mal.
E se alguém ousa apontar alguma coisa má do falecido, fica imediatamente esulada do sentimento geral, presente em cada velório.
São muitas as coisas que se dizem, os elogios que se fazem, em que os seus autores nunca os proferiram enquanto o destinatário era vivo. Aí fica o remorso de não ter dito tudo enquanto era tempo, e a esperança que o morto consiga ouvir as coisas boas que se dizem a seu respeito, e que as possa levar consigo no túmulo.
Não é preciso fazermos com que cada um de nós tenha de levar os elogios para a iternidade. É melhor e mais justo transportálos aqui na terra, enquanto vivemos.
Experimente adoptar esta atitude. A de se dirigir a um amigo, um familiar, um colega de trabalho, e desatar a elogiar, como se estivesse presente naquele momento no seu velório. Vai ver que isso funciona muito bem, quer para quem recebe os elogios, quer para quem os dá.
Se somos os primeiros a criticar, também devemos ser os primeiros a elogiar.
Não continue a indeusar as pessoas apenas quando elas morrem. Aí só a esperança nos vale.
Mas se fizermos em vida, aquilo que fazemos quando algum entequerido, familiar ou amigo morre, vamos ser nós melhores pessoas, mais libertas, mais felizes, porque finalmente encaramos a vida numa prespectiva altamente positiva.
Aprenda a dizer bem, a extrair as virtudes de cada pessoa que o rodeia, e a minimizar os defeitos.
No fim de contas, não é isso que fazemos quando alguém desaparece do mundo dos vivos?
Porque não fazer isto em vida?
Urge terminar com o azar de muitos seres humanos que apenas foram reconhecidos depois que morreram. Isto é que se chama, chegar à glória com a morte.
Sem comentários:
Enviar um comentário