domingo, 1 de agosto de 2010

Concerto dos lux em Várzea do Douro Marco de Canaveses.

Acabei de assistir a um concerto de uma banda que se podem dizer são ilustres desconhecidos.
Eles são creio eu de Sever do Vouga, e chamam-se Lux, e actuaram na simpatiquíssima freguesia de Várzea do Douro, do conselho de Marco de Canavezes.
Não tenho qualquer preconceito relativamente a bandas desconhecidas. Creio mesmo que temos grande qualidade nesses grupos, e hoje quem gosta de festas e romarias pode ter a certeza, que basta fazer uma prospecção, e não precisa de ser tão aturada como isso, para descobrir gente que produz espectáculos com enorme qualidade, podendo assim fazer uma festa boa, bonita e barata.
Mas por sinal, desta banda não gostei. É verdade que eles tiveram algumas adversidades complicadas, e que isso terá contribuído para criar um clima de tenção e de stress no grupo. A cortina não queria abrir, e só depois muitos minutos de o espectáculo se ter iniciado, é que alguém conseguiu resolver provisoriamente o problema. Até acabou por haver um corte de energia, mas estes dois imponderáveis de todo imprevistos não justifica o mau espectáculo que eles proporcionaram.
Primeiro dava a ideia que não tinham reportório. Estendiam as músicas tempos infinitos, chegavam a tocar a mesma música durante 6 minutos, isso contei eu. Naturalmente tornou-se um espectáculo monótono e demasiado brejeiro, para não lhe chamar outra coisa.
Por vezes um refrão de uma música era repetido mais de dez vezes. Exemplo paradigmático foi o já famosíssimo tá fugido do Quim Barreiros, que ultrapassou os seis minutos de duração da música, sendo que três foram dedicados ao refrão.
A espaços, o público demonstrava o seu descontentamento, o que não é fácil, conhecendo como eu conheço as pessoas de Várzea do douro, que são francamente tolerantes.
Pode parecer que eu estou a embirrar solenemente com o grupo. Mas realmente o cantor parecia ter uma voz mais apropriada para o circo, e a cantora parecia ter um piercing na língua que denotava grande dificuldade em pronunciar algumas letras nomeadamente os ésses que fazia com que a sua voz saísse no meu ponto de vista mal.
Por outro lado o cantor, que ao que parece era o que mais dava a cara e a voz pelo grupo, fez uma coisa que eu considero perigosa. Como a sua mãe era de Cinfães, ele perante alguma apatia da assistência, referiu que se fosse em Cinfães nada disso acontecia e que o público seria mais dinâmico.
É preciso ter muito cuidado com esse tipo de piropos dados em palco, porque um mais mal aceite pelo público, pode causar um broá perfeitamente evitável.
Neste caso apenas se ficou por uns assobios de circunstância, mas aconselho-o o cantor a não enveredar mais por aí porque pode vir a sofrer dissabores.
Em suma, eu não os conheço, não sei se ainda são jovens, parece que sim, e se forem desejo ardentemente que melhorem mais, que procurem não estender tanto as músicas, aumentar o reportório, cantar com menos vaidade e menos exuberância que dá um toque demasiado brejeiro, e já agora retirar os piercings, ou então pô-los de forma a que não prejudique a cantoria.

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