quinta-feira, 3 de junho de 2010

Concerto de Quim Barreiros nas festas do corpo de Deus 2010 em Penafiel

No início muitos iam aos espectáculos do quim, mas tinham vergonha de assumir que até gostavam das suas músicas.
depois ele começava a ser apreciado, e aqueles que tinham vergonha de assumir que admiravam o seu trabalho, começavam lentamente a admitir que afinal estavam rendidos à popularidade do artista.
Depois Quim Barreiros passou a ser moda. E agora é uma certeza. Na verdade ele deixou a sua marca na música portuguesa, e esperemos que continue vivo e a produzir durante mais anos.
Já à vários anos que não assistia a um seu concerto. Curiosamente, estive duas ou três vezes para ir assistir, mas imponderáveis de última hora, impediram-me disso.
Ontem, fui a Penafiel, às festas da cidade, e pude verificar com os meus próprios olhos que ele continua a grande altura.
Um espectáculo ao seu estilo. Alegre, bem disposto, envolvente, com uma interacção fantástica com o público.
Durante 90 minutos, passamos uma carreira em revista. Interpretou muitas cantigas bem antiguinhas, que toda a gente as sabia de cor, e foi possível fazer coros lindíssimos.
Como não podia deixar de ser, tivemos também um vira e uma desgarrada, que se cingiu a uma pequena brincadeira entre os vários membros da banda, e claro o próprio Quim Barreiros.
Por falar nos seus colegas de palco, o senhor Rui, que é o saxofonista, interpretou o tema eu ouvi um passarinho. E que bem que ele cantou. Não conhecia a sua voz, mas gostei muito de o ouvir cantar.
Estranhei o facto do Quim Barreiros não cantar muitas músicas dos álbuns mais recentes. Cantou sobre tudo as mais antigas. então do novo trabalho creio que não interpretou nenhuma música.
Não percebo porquê, até porque ele inclusive tinha uma pequena barraca com CDS à venda. Alguma razão haverá, mas não a vislumbro.
Uma nota negativa.
Logo no final do espectáculo, o técnico colocou na aparelhagem sonora o mais recente álbum a tocar. O problema é que o volume era altíssimo, mais alto até que o concerto em si. Achei que foi uma falta de respeito para com o público, e uma forma de impedir que as pessoas pudessem pedir mais uma música. Sinceramente não gostei, e foi pena esta nódoa, porque no resto do concerto as coisas correram bem.
Se não houvesse este facto altamente negativo, diria que o espectáculo foi irrepreensível. Assim terei de baixar vários pontos no juízo que faço, porque a figura central num concerto é sem dúvida o público. E repito, entendo que ele foi um pouco mal tratado com esta atitude. Queria acreditar que fosse uma ideia isolada do técnico de som, mas com franqueza custa-me muito a crer num cenário destes. E então se foi premeditado é ainda pior.

Sem comentários: