sábado, 2 de março de 2019

Comentário ao artigo de Joana Bento Rodrigues - A Mulher, o feminismo e a lei da paridade

Joana Bento Rodrigues escreveu um artigo de opinião repugnante, em que faz a apologia da Mulher: dona de casa, moleta do Marido a ponto de não se importar ganhar menos do que ele, defende a maternidade como a principal missão da Mulher, critica o feminismo, um chorrilho de asneiras que podem ser lidas na ligação presente no final deste texto. Ao ler este artigo pensei que estava a ler um texto do estado novo, mas não, estamos a falar de uma senhora médica, do CDS e que continua vítima desses complexos machistas, que como se vê e como tenho dito, o machismo está longe de ser um problema dos homens. Ao contrário do que esta senhora escreve, a emancipação feminina veio dar à mulher o direito a viver as suas relações fora de qualquer estereótipo, e não depender do homem para lutar pela sua dignidade e valorização profissional. Dramaticamente, muitas mulheres são do mais machista que há. O que é incompreensível, porque se os machistas têm proveito, e defendem-se para não perder esse status cuo, as machistas, sentem-se confortáveis a defenderem o seu papel de vítimas, e isso confesso custa-me muito a compreender. quando se diz que a mulher gosta de ter a casa arrumada e bem decorada, e que uma das suas principais funções é cuidar das tarefas domésticas, essa não é seguramente a matriz da luta pela igualdade de género e de oportunidades. Claro que as tarefas domésticas têm de ser feitas, mas todos sabemos que grande parte desse trabalho é feito por pura obrigação, e não por gosto, por prazer. Porque em princípio quando a mulher ou o homem se podem libertar dessas tarefas, por exemplo com a ajuda das máquinas, o alívio é muito maior. É por isso que não percebo como é que esta senhora diz que este é um discurso novo. Pelo contrário! Há 50 anos é que era comum a mulher ser submissa, levar pancada quanto queria, e é por isso que ainda hoje não nos conseguimos livrar disso. A mulher não pode continuar a estar em condição inferior ao ser a retaguarda do homem para que este possa ser bem sucedido. Defender-se esse paradigma como virtude é de um masoquismo atroz. Portanto se há coisa que este discurso é, é velho! E se não fossem as tais feministas que esta senhora tanto critica, apesar de tudo a luta pela igualdade de género estava bem mais atrasada. Leia o artigo - A Mulher, o feminismo e a lei da paridade íntegra

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