terça-feira, 11 de outubro de 2011

Sou a favor da extinção dos prémios de mérito nas escolas.

Há medidas, que apesar de serem tomadas com critérios única exclusivamente economicistas, merecem todo o meu apoio.
É o caso desta decisão do Ministro Nuno Crato, de suspender a atribuição dos prémios de 500 euros para os melhores alunos.
É verdade que eu sou sensível à chamada meritocracia. Mas desde que ela não configure injustiça. No trabalho, estou inteiramente de acordo que se premeiem os melhores trabalhadores, os mais competentes, os mais assíduos, os mais produtivos, os mais responsáveis.
No entanto, parece-me claramente que no que concerne à escola, existem muitas variáveis que podem influenciar decisivamente o aproveitamento de um aluno.
Por exemplo o estrato social dos seus progenitores.
O que é mais meritório?
Um 20 de um aluno que seja filho de pais licenciados, abastados economicamente? Ou um 18 de um aluno filho de pais humildes, sem grandes recursos económicos?
Sem dúvida que no meu ponto de vista o segundo caso é francamente mais meritório. E começarem-se logo a fomentar estas injustiças desde a infância, é algo que manifestamente é negativo e obviamente não posso concordar.
Aí creio que os partidos políticos que vieram apoiar esta medida não estão a ser demagógicos.
E depois, atribuírem mil cheques de quinhentos euros cada! Parece-me que é um critério muito largo. Ainda que se premiassem uns 50 melhores alunos, agora os mil. Não concordo nada.

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