Padre Américo. 1887 - 1956.
Que pessoa tão bonita foi Américo Monteiro de Aguiar, o Padre Américo, para muitos o Pai Américo. Foi um ser humano enorme, imenso, é o paradigma da santidade. Se ser Santo é dar a vida pelos outros, o Pai Américo, pela sua vivência, pela quilo que fez, é sem dúvida um santo.
Américo Monteiro de Aguiar teve um dia uma inspiração: recolher o "lixo das ruas".
Nascia, a 7 de Janeiro de 1940, em Miranda do Corvo (Coimbra) a primeira Casa do Gaiato, com o objectivo de apoiar os rapazes abandonados, vítimas da miséria
social então instalada no país.
Nasceu no dia 23 de Outubro de 1887 na freguesia de Galegos, concelho de Penafiel.
Trabalhou no comércio, foi para Moçambique, voltou para Portugal em 1923 e decidiu-se pela vida de franciscano. Partiu ainda para Espanha, abandonou a ideia do franciscanismo,
não a de padre. Entrou depois no Seminário de Coimbra em 1925.
Foi ordenado padre em Julho de 1929 e dedicou-se então a ajudar os mais pobres da cidade do Mondego: pessoas sem casa, famílias sem dinheiro, doentes e
reclusos.
Depois de tomar conta da Sopa dos Pobres, promoveu colónias de férias para crianças da rua. Nessa actividade surgiu a inspiração da Casa do Gaiato.
Depois de Miranda do Corvo, em 1940, a "aldeia dos rapazes em Paço de Sousa (Penafiel), começou a ser construída em 1943.
Em 1945, abriu um lar de estudantes no Porto, fundou o Património dos Pobres, em 1951, dedicado às famílias sem casa e, em 1957, o Calvário, destinado
aos doentes incuráveis e abandonados.
Em 1944, surgiu o primeiro número de "O Gaiato" (agora com 73 mil exemplares, dos quais 60 mil para assinantes), um jornal "maltrapilho das ruas", cujos
"artigos de fundo são escritos pelos rapazes da obra.
Hoje, as cinco Casas do Gaiato (mais duas em Angola e uma em Maputo), com onze padres, continuam a ter preocupações distintas dos asilos da época em que
foram criadas. E continuam todas com o portão de entrada sempre aberto. Um portão por onde já entraram mais de 12 mil gaiatos (a saídas foram menos de
dez por cento) e que actualmente é a porta de casa para 600 crianças e jovens.
Em 16 de Julho de 1956, a aventura de Pai Américo parou repentinamente num acidente de viação.
O seu nome ficará para sempre gravado com letras douradas na nossa história, e na nossa memória ficará guardada a figura de um grande homem, que viveu a sua vida em constante amor ao próximo.
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